O Gamo Rei
Marion Zimmer Bradley
Editora Imago
Páginas 211
Essa resenha contém spoiller, acho difícil escrever sobre sequências de livros sem que tenham spoiller.
Morgana ficou alguns anos sumida, não se encontrava com o Rei e nem em Avalon. E quando ela retorna, até mesmo para ela é complicado explicar aonde esteve todo este tempo.
Ela tenta voltar pra Avalon, mas as brumas não obedecem mais ao seu chamado, ela muito triste volta para Camelot, para junto do rei e seu irmão.
Gwenhwfar ainda não conseguiu dar um herdeiro ao rei Artur, e Morgana não teve coragem de contar que ele tem um filho, de um dia que ela ainda se envergonha.
Mas com o passar dos anos Morgana se casa com o rei Uriens, um velho que já foi viúvo quatro vezes e já tem três filhos.
E é lá no reino de Uriens, que Morgana consegue se reerguer, consegue sentir a Deusa novamente, faz penitências até que possa ser digna de ser usada pela Deusa novamente, e ela irá fazer isso com um enteado, Acolon.
Quando ela se sente forte novamente, ela se coloca em prova, vai a Avalon levar a neta de Viviane para que seja uma sacerdotisa e talvez um dia a Grande Rainha. Ela consegue chegar a Avalon, chora pois conseguiu chegar a sua terra, ao lugar que ela tanto ansiava, mas lá ela encontra seu filho, Gwydion, a quem ela não via desde quando o entregou a ama de leite e o deixou aos cuidados de Morgause, sua tia, para que o criasse.
Gwydion já esta moço, forte e se parece muito com Lancelote, moreto e tão bonito quando ele, mas ele astuto como Morgana e tem a visão assim como ela. Morgana sabe que ele é um desconhecido para ela, mas será que ela irá ocupar o lugar de Artur no trono?
Morgana sabe que sua missão não acabou e que ela terá que fazer muito ainda, que sua missão é fora de Avalon, sempre obedecer a Deusa, assim como Viviane, a Grande Sacerdotisa fez, mesmo que para isso alguns a odeiem.
Morgana já está com trinta e cinco anos neste livro, mas as atitudes dela não mostram essa idade, não que ela seja imatura, mas se ela representa a Deusa, se era para ela ser a Grande Sacerdotisa, a Grande Rainha, tinha que ter uma postura mais forte se impor mais.
A rainha Gwenhwfar continua me irritando, ela sempre consegue o que quer, muito religiosa, sempre fica se martirizando por tudo o que faz e tudo o que o rei faz. O rei faz todas as suas vontades, mesmo sabendo do seu dever com Avalon ela acaba se tornando cristão, e por influência de sua rainha acaba deixando que a igreja influencie seu reinado.
É um livro maravilhoso, li este livro em três dias e já estou no próximo, O prisioneiro da árvore. A história não enrola, não tem trechos ou páginas no livro que você percebe que não tem importância, que poderia ser retirada, uma história cheia de detalhes aonde a autora fez várias pesquisas para escrever algo tão bom.
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